Se a força, a repressão e a opressão são actividades que se querem num País então deixem-me dizer que é devido à não existência dessas características no nosso Regime que hoje podemos ter o bem-estar social que antes desse ‘erro trágico’ era apenas imaginado pela sonhadora juventude no meio dos espancamentos dos pais que, com um sorriso, achavam-se detentores do verdadeiro método de endireitar o pepino. Gostava apenas que tivessem vivido nessa época para ver se a recordavam com essa tal ‘saudade’ de que falam.
[Continua]
Os portugueses escolheram António de Oliveira Salazar como «O Maior Português de Sempre». Assim ditaram os resultados que a RTP divulgou ontem de um concurso que leva a cabo há cerca de seis meses.
Seria mirabolante não fosse trágica esta eleição. 37 anos depois da sua morte física, parece que Salazar continua bem vivo quer na saudade de tempos em que havia respeito quer no medo que o Partido Comunista tinha – tem – e demonstrou-o através da carta que escreveu à RTP a «avisar dos perigos daquele programa».
A responsabilidade está, talvez na maior parte, mais no descontentamento que os portugueses têm no pós-25 de Abril do que propriamente na saudade que sentem pelo Estadista. Abril de ‘74 foi um erro trágico na história de Portugal. A onda de que tudo o que vinha de trás era mau; a ideia de que tudo o que era capitalismo era mau; a ideia de que o socialismo é que era bom e recomendava-se; a reforma agrária – leia-se o saque de porções de terras a quem de direito; leia-se desrespeito pela propriedade privada; leia-se destruição de património de uma vida de trabalho e de investimentos familiares – tudo em nome de um «Portugal Novo»; tudo em prol de um desenvolvimento prometido, de um Portugal instruído e de uma era cheia de prosperidade.
Hoje temos um Portugal abalado por escândalos de corrupção. Alunos que batem nos professores. Filhos que batem nos pais. Insegurança nas ruas. Instabilidade na Economia e nas finanças Públicas. Em troca temos liberdade – liberdade que não nos serve senão para dizer que todos estes vergonhosos problemas deste jardim à beira mar plantado são verdadeiramente problemas e nos envergonham profundamente.
É este o futuro prometido por Abril. Um falhanço completo que faz com que todos não percebam, afinal, que mudança foi aquela. Esta vitória de Salazar foi o murro que os portugueses deram na mesa desta democracia fingida em que vivemos desde ‘74. Isto só me faz lembrar que realmente não faz sentido nenhum festejar o 25 de Abril. O que festejamos nesse dia? A liberdade de expressão? Essa festejo-a agora que escrevo este artigo. Ao festejarmos o 25 de Abril não festejamos senão tudo o resto. O negro e o podre daqueles capitães comunistas que puseram os interesses do sovietismo acima dos interesses da nação. Feliz ou infelizmente o Grande Português é aquele que nunca teve vergonha, antes pelo contrário, de dizer «tudo pela nação, nada contra a nação». E a bem ou mal tudo o que fez em vida se cingiu a esse lema.
O senhor Ministro da Economia pauta por uma conduta irrepreensível. É um homem cheio de ideias – há quem o considere até o maior idiota deste país –, quer quando promove a mão-de-obra portuguesa congratulando-se por esta ser barata, quer quando promove o que é nosso à custa de alterações do nosso património. Habituei-me a um governo «moderno» – sobe-se os impostos – é moderno; o primeiro-ministro diz a um jornal internacional que não gosta de fado – é moderno; o ministro da Obras Públicas diz que é Iberista – é moderno; liberaliza-se o aborto – é moderno e promove-se uma região com um nome de 800 anos alterando-se-lhe o nome – é moderno.
Senhor Ministro. Eu sou orgulhosamente português. Quando o Senhor meu Professor Primário, na minha segunda classe, contou que D. Afonso I aos 14 anos montou num cavalo chamou as «suas» tropas e, de peito aberto, bateu o pé à Senhora sua mãe, e a derrotou em S. Mamede naquele dia de 24 de Junho de 1128 para parir «Portugal» quase chorei de tanto orgulho. Senhor Ministro lembra-se de Aljubarrota? Que povo danado este português! Somos, sem margem de dúvida um povo de conquistas. Sem nós o mundo poderia ter o mesmo tamanho – facto! – mas o quão diferente seria é inimaginável. Demos uma forma ao mundo. Nós (!) portugueses. Mandamos em meio mundo até há cerca de trinta anos – fomos influentes. E hoje o que temos é uma cambada de modernaços no governo, que se declaram Iberistas, que se congratulam com os baixos salários portugueses e que mudam o nome ao antigo «al-Gharb» mouro, e que posteriormente D. Afonso III, em 1249, chamou de Algarve tornando-o definitivamente português! E não é o senhor que fará com que os portugueses se curvem.
Caro Senhor Ministro. Se o meu país precisa de mudar uma vírgula para ser apreciado pelos turistas eu digo-lhe – que se danem os turistas. Sabe de onde sou? Sou da Cidade do Porto – da Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto – a velhinha cidade do Porto. Acha que a minha cidade precisaria de se chamar «Oporto» – mesmo que fosse «só» na porcaria de uma campanhazita publicitária, ou mesmo que fosse a brincar! – para que os turistas gostem dela? Claro que não. Vejo-os cá todos os anos, durante todo o ano a visitar as belíssimas igrejas desta cidade. Sabe que cá guardamos o coração do Rei D. Pedro IV? (Sabe que as gentes do Porto se puseram do lado das Suas tropas e deram o sangue (!) pela causa Liberal, e que por isso Aquele Rei quis deixar em testamento o seu coração à minha cidade? Hoje guardámo-lo na Santa Igreja da Ordem da Lapa). Vejo todos os anos os turistas deleitados com o Nosso vinho do Porto; deleitados com aquele casario velhinho a cair de podre que tanto criticamos e gostaríamos de ver renovado, mas que para os turistas tem toda a graça mesmo assim. Acha que para que este Porto ganhe interesse para os turistas precisamos de publicitá-lo como «Oporto»? Ai de si! Se toca no nome da Minha Cidade, do meu querido Porto talvez seja o seu coração que passe a repousar nas portas da cidade – depois de lhe ter sido arrancado pela goela pelas minhas próprias mãos – sob a inscrição «Aqui-está-o-que-resta-daquele-que-um-dia-pensou-em-alterar-o-nome-da-minha-cidade-mesmo-tendo-sido-só-para-uma-campanha-publicitária». E sabe porquê – isto é questão de educação – porque desde sempre a Senhora Minha Mãe me ensinou que eu devia fazer com que os outros gostassem de mim assim, como sou e pelo que sou, porque se deixasse de ser assim, isto é, se alterasse uma vírgula daquilo que sou só com o propósito de satisfazer os outros perderia toda a personalidade, estaria a curvar-me perante os outros e a dizer «sim-não-sou-realmente-tão-bom-para-que-gosteis-de-mim-por-isso-mudarei-e-terei-a-feição-que-quereis» acha que é isso que promove o Algarve?
Senhor Ministro. O Algarve é, sem sombra de dúvida, a região portuguesa que mais pontos marca no que respeita ao turismo. É aquela que mais cresce. E vem crescendo talvez há cerca de 50 anos. Durante o ano de 2006 foram anunciados muitos investimentos como o do Senhor Sander van Gelder que vai gastar 750 milhões de euros a construir uma ilha artificial em frente a outro empreendimento turístico – o de Vale do Lobo – e acha que para isso pesou alguma coisa o facto do Algarve ser ou não americanizado? Acha? Claro que não. Dane-se!
O Senhor Ministro é tão bom ministro como eu sou bailarino – o mesmo será dizer que parece um elefante numa loja de cristais. Mas não acho que seja um ministro a demitir do governo. Não acho, sabe porquê? Porque num governo em que o Primeiro-Ministro compactua com ministros Iberistas-convictos, com ministros que partem cadeiras nos hospitais (Correia de Campos), com outros que influenciam o noticiário da RTP, com uma ministra da educação que de tão boa tem a cabeça a prémio entre os professores e alunos (e funcionários?), com um ministro da segurança social que assegura que esta vai falir, mas quer que continue tal como está – bem Senhor Ministro – num governo assim o senhor encaixa que nem uma luva.
Eu sou de e da Esquerda! Foi um facto que eu descobri cedo numa altura em que me considerava apartidário e apolítico devido às barbaridades lobbyistas que na altura eu considerava ser a política nacional. No entanto hoje, porque defendo os valores da Esquerda em que acredito, sinto me triste por existir ainda um Medo do Passado e com vergonha de existir uma Esquerda que ache que esse passado deve ser esquecido.
Se há um nome que ainda provoca arrepios nas espinhas portuguesas é este: Salazar. Este autor de um dos regimes ditatoriais mais longos da história mundial é ainda a raiz de um injustificado medo que o lembra na pele. É, indiscutivelmente, verdade que se deve lembrar o passado de modo a melhor lidar com os obstáculos que o futuro nos impõe, no entanto esta premissa tem recentemente sido esquecida por alguns Esquerdistas portugueses ultimamente.
Este Salazar que todos nós conhecemos, nasceu numa terra chamada Stª Comba Dão e a sua casa ainda lá permanece. Esquecendo ideologias e opiniões este Salazar foi sem dúvida uma coisa: um Português marcante. O seu nome aparece em todos os livros de História e teve uma incomparável influencia nos desígnios do país. Portanto é completamente inconcebível usar um instrumento (que lhe era muito querido nos seus dias), como a censura, para tentar apagar a memória do seu 'legado'. E foi, clara e absolutista censura, quando a RTP não o incluiu inicialmente na lista dos "Grandes Portugueses" e está a ser, idiota e opressiva censura, as recentes acções de certos (falsos) "Esquerdistas" ao tentarem que não seja construida um museu em memória de Salazar no local da sua antiga casa. O leitor mais superficial pode achar compreensivel que um "Esquerdista" não ache certo fazer-se um museu em honra daquele que foi o simbolo da ditadura do "Estado Novo", no entanto a Esquerda é uma afluência de correntes que se baseia, entre muitas, na premissa da liberdade e expressão. Uma liberdade de expressão não discriminatória que não distinga tipos de discurso e que seja um direito de toda a gente. Assim é justo pensar que muitas pessoas acham Salazar o "Grande Português" (apesar de eu ou esses tais falsos Esquerdistas não acharem) e como tal têm o direito de exprimir as suas opiniões nessa votação, tal como têm direito de se exprimir em manifestações de apoio Salazarista, de erguer Museus em honra de Salazar onde fora sua casa e até de estabelecerem partidos politicos de ideologia fascista (ao contrário do que a discriminatória lei Portuguesa diz). Afinal, o que foi o movimento para impedir que a antiga sede da PIDE fosse convertida num parque de estacionamento para ser construido um museu para lembrar as atrocidades por ela cometida durante o regime do "Estado Novo" senão um clara demonstração da Liberdade de Expressão não discriminatória?
O que estes falsos Esquerdistas pensam é que a melhor maneira de lidar com Salazar é enterrá-lo bem fundo para que nunca seja recordado, no entanto, quanto mais forem lembradas as atrocidades por ele feitas mais fácil será evitar e lidar com situações semelhantes no Futuro e mais fácil será enfrentar aquilo que muitos Portugueses ainda sentem: esse Medo do Passado!
«‘SOS Professor’ recebe 129 queixas em seis meses» noticia o JN na edição on-line de hoje. Que vivemos numa crise de valores eu já tinha percebido – há muito que tudo anda ao contrário –, agora o que me causa espécie é que cheguemos ao cúmulo de ver alunos a baterem em professores como filhos a baterem nos pais.
Sempre ouvi dizer que é muito feio que pais e filhos discutam, mas que quando acontece, pois, que sejam os pais a discutirem com os filhos, não o contrário – é uma questão de princípio. Mas este meu princípio anacrónico e ultrapassado não faz já parte dos valores desta geração de plástico que cresce muito depressa; que experimenta tudo muito cedo; e que se antecipa ao próprio desenvolvimento natural do ser.
Julgo que estas questões são consequência de um laxismo muito grande que faz parte do quotidiano de muitas famílias. Alguns nascem e passam a ser meninos mimados a quem, por nada neste mundo, o tão papá ou a tão mamã é capaz de dizer «não»; outros nascem no meio de tal pobreza que os pais não são nem um pouco papás e as mães não são nem um pouco mamãs ao ponto de dar a devida atenção de que um filho carece. Isto fá-los crescer alheios a regras, alheios a hierarquias, sem saberem que no mundo existem aqueles que mandam e aqueles que obedecem.
Como dizia um comentador nos jornais – antes do 25 de Abril éramos fascistas porque os professores batiam nos alunos malcomportados. Mas hoje que os alunos malcomportados batem nos professores somos o quê? Somos um povo que se perde no laissez faire, laissez passer muito mediterrânico, muito nosso, de tal forma que não vejo maneira de “lá chegarmos” por este nosso próprio pé.
«Eu vou andar por aí», disse Pedro Santana Lopes quando saiu do Governo na Crise de 2004. Na verdade foi, talvez, a coisa que melhor cumpriu em toda a sua vida. Depois de um tempo de recolha quiçá em meditação o ex-primeiro-ministro começa de há uns tempos a aparecer constantemente.
Rompe o silêncio com o livro muito à sua maneira e é acusado de montar uma teoria de conspiração pouco credível. A verdade é que Santana gosta da comunicação social e a comunicação social gosta da falta de travões dos discursos de Santana. Desde aí nunca mais saiu dos jornais. Ele é entrevistas, ele é crónicas, ele é seminários e conferências. A última foi este fim-de-semana em que Santana Lopes participou numa conferência promovida pelo Partido da Nova Democracia – de Manuel Monteiro –, subordinada ao tema «As Direitas de Portugal», em que Santana afirma acreditar que a Direita terá de se redefinir e crê que isso acontecerá a breve trecho. A comunicação social gostou e deu ênfase.
O próprio José Pacheco Pereira que «decretou» a morte política a Santana, dedica as duas páginas de crónicas a que tem direito na revista «Sábado» a falar de Portas e de Santana – aliás seria para falar de Portas, mas na verdade não resiste a centrar o seu discurso num ataque político feroz a Santana Lopes.
Em suma «o bicho» está aí. Está vivo e mexe. Não «se mexe», mexe! E até o sábio da quadratura que não se deixa impressionar com pouco lhe está a dar muita atenção. Tudo me leva a crer que Santana tem muita razão ao fazer a crítica a Marcelo – mas que poderia fazer também a Pacheco Pereira –, dizendo que o seu problema é ter perdido (ou não ter tido oportunidade de disputar) tudo aquilo que ele ganhou. Não sou troca-tintas. Não mudo de opinião. Por isso aquele Santana que dantes era visto como o «vencedor de eleições impossíveis», o «imparável em campanha» para mim continua o mesmo. O que mudou é a experiência e, quem sabe, força para não cair em erros passados.
O 25 de Abril chegou este ano carregado de polémica. Uma polémica ligada à velha incoerência de Abril ser (R)evolução. Rodeado pela falta de quórum no parlamento, ora pela proibição de festejos num sítio, ora pelo início de festejos noutro e também até pela não envergadura de símbolos por certas figuras, vemos esta querida data chegar carregada de uma infeliz hipocrisia.
Uma das grandes polémicas dadas a conhecer ao povo português ultimamente foi a triste e desesperante atitude de muitos dos deputados da AR para com os seus deveres políticos. Devido a uma atitude de latência e irresponsabilidade, certos deputados das bancadas da Assembleia decidiram fugir ao que eles encaram como sendo "deveres" (mas que para muitos injustiçados seriam "direitos") de votarem e comentarem os assuntos pendentes para o bom funcionamento do país. Como tal, decidiram tirar umas fériazitas de toda essa azáfama do mundo da politica e fazer com que a Assembleia por falta de quórum não pudesse legislar tal e qual como o país precisa e exige dos seus políticos. O país ficou legislativamente em suspenso devido à desconsideração e desrespeito que os deputados mostraram para com a população portuguesa. Com estas e outras, não se admirem eles de ouvir o povo dizer que "os políticos são todos um bando de ladrões e gatunos". Chega-nos o 25 de Abril e pensamos: o que é que mudou desde o tempo das "vacas gordas" e do poderio corrupto? Estarão estes políticos a cumprir e a seguir os ideais de responsabilidade e liberdade política que o povo português conquistou com o 25 de Abril?
Por outro lado, e noutras localidades o facto do 25 de Abril chegar é visto como motivo de alegria e de celebração... por estrear. Comum é o facto da população portuguesa sair ás ruas e festejar em várias localidades aquela que foi a data politicamente mais importante para o nosso país em toda a sua história. Libertaram-se as mentes e os corpos daqueles que durante anos foram oprimidos pelo conservadorismo e autoritarismo do regime ditatorialmente salazarista de Salazar e ditatorialmente pseudo-salazarista de Marcelo Caetano. No entanto para algumas pessoas tal facto não era um motivo de celebração e portanto durante 22 anos proibiram todo e qualquer tipo de festejos. Estou a falar do Presidente da Câmara de Marco de Canaveses que, contrariando a óbvia vontade da população, proibiu repetidamente os festejos de Abril naquela localidade. Até parece que voltamos ao tempo do Estado Novo em que concentrações de mentes de esquerda eram proibidas e perseguidas. Teve que ser a vontade do povo, representada através do sistema eleitoral nas Autárquicas a derrubar o Sr. Avelino Ferreira Torres para que este ano fossem estreadas as celebrações de Abril em Marco de Canaveses. Desde que iniciou o seu percurso na Câmara como presidente, exactamente à 22 anos atrás, que tinha oprimiu, tal como Salazar oprimia na altura, a esquerda livre e os seus festejos. O que, por assim dizer, ainda acontece em Portugal. Na Madeira, o Sr. Alberto João Jardim, tal qual Avelino Ferreira Torres fez em Marco de Canaveses, oprime a vontade da população madeirense de festejar a libertação da opressão. Notaram a contradição? Será então que o 25 de Abril acabou com a opressão? Estará o país a caminhar outra vez para o Estado Novo? E ainda mais grave é a hipocrisia de Alberto João Jardim ao querer dar uma lição aos políticos do país, mostrando-se assim como um defensor dos valores de Abril, fazendo com que a segunda-feira passada de 24 Abril fosse "ponte" oficial na Madeira. Enfim... As pessoas querem festejar e trabalhar e na Madeira não lhes é permitido nenhuma delas. Onde está o espírito de Abril nestes dirigentes?
Mas dando um exemplo muito mais significativo de como certos “sectariados” não respeitam os valores da revolução dos cravos, temos o caso do maior cargo político no sistema português: o Presidente da República. Não é que Cavaco Silva, mostrando uma precedência carregada com tal desrespeito e desinteresse em perpetuar a tradição da celebração do dia em que a liberdade foi conquistada, foi o primeiro Presidente da Republica a não usar o cravo vermelho na lapela no seu discurso de 25 de Abril para a AR como é costume e como todos os presidentes até agora fizeram como símbolo do apoio à revolução? Então gasta ele as suas pobres cordas vocais cantando estrategicamente a Grândola Vila Morena na campanha para as presidenciais mas quando já não há votos em causa liberta-se da sua falsidade mostrando a sua verdadeira opinião sobre os ideais de Abril não usando um simples cravo vermelho na lapela? Qual é a diferença entre o euro que custa um cravo e o euro que custa uma pastilha para a garganta usada para cantar a Grândola? Simples interesses puramente eleitorais que nos são demonstrados com uma falsidade de inigualável tamanho.
Agora, qual a relação entre todos estes casos? A direita foi a maioria no número de deputados faltosos na AR. Alberto João Jardim é o líder e fundador do PSD-Madeira, núcleo do maior partido de direita em Portugal. Avelino Ferreira Torres foi o cabeça de lista e candidato a presidente da câmara nas listas do PSD do Marco de Canaveses durante 22 anos, logo é um influente membro da direita portuguesa. Cavaco Silva foi eleito Presidente da República com o apoio incondicional de uma direita em peso, foi o protegido de uma das mais notáveis figuras de direita, Francisco Sá Carneiro, esteve sempre ligado ao PSD tendo sido até eleito como primeiro-ministro pelo mesmo, logo negar a sua ligação à direita é uma total contradição. Direita, Direita, Direita. Será então a direita apoiante dos valores e ideais de Abril? Não será mais esta uma manobra interesseira para de um modo não afectativo das suas ideologias conseguirem captarem votos mais à esquerda debaixo da capa da defesa dos valores da revolução "à sua própria maneira"? Será que a famosa teórica do "Abril é (R)evolução" não é então mais uma das hipocrisias da direita de modo a contrariar todas essas críticas de que, apesar de Abril ser de todos, se dependesse da direita não tinha acontecido?
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