Segunda-feira, 28 de Setembro de 2009

Eu e as Legislativas’09: MMS poderia ser um movimento político, não partidário

Legislativas 09

Eu costumava equiparar dois partidos como extremamente parecidos, um pouco na base eleitoral, mas primariamente por terem sido criados sensivelmente ao mesmo tempo e de, nas europeias terem tido também resultados semelhantes à escala do esforço de primeira candidatura.

 

O Movimento Mérito e Sociedade, encabeçado por alguém de mais experiência têm com “pessoas” do que qualquer outro dirigente do MEP, chegou a considerar suspender as eleições devido à fraca e injusta cobertura dos pequenos partidos pelos Media e fez uma campanha de semelhante relevo do que nas Europeias. Falemos por exemplo do mítico cartaz da “Conchichinha”, a apelar ao que de mais popular os Portugueses tinham sem acrescentar algum valor, ou até às muitas campanhas de distribuições e de entregas de panfletos e programa.

 

Seria expectável que o MMS, com muito mais espaço ideológico para crescer do que um MEP nunca chegasse a ver uma descida de mais de 20 pontos percentuais em relação às Europeias, mas surpreendentemente, este passou de 0,61% para 0,29% perdendo mais de 4 mil votos. O fluxo de votos neste caso, não foi do PSD para o MMS, mas sim do MMS para o CDS-PP, dando azo à explicação do “voto útil” de Pinto Coelho.

 

A consequência destes resultados é de que o duelo psicológico entre “irmãos” como o MEP e o MMS foi ganho pelo primeiro, e o segundo perde assim a sua credibilidade de alguma vez sair do espectro dos micro-partidos. Talvez não fosse uma má ideia tornar o MMS um movimento político, não partidário, pois acredito que assim tivesse um maior apoio nas suas actividades (beneficiando também a sua causa meritocrática).

Mood:: Indiferente
Música: The Mars Volta - Concertina

Eu e as Legislativas’09: “Este espaço estava destinado a uma análise dos resultados do PPM, mas o mesmo não facultou material para esse artigo”

 

Fácil seria dizer algo como isto e acabar logo com o assunto. E se calhar o mais assustador é que, os Gato Fedorento acertaram em cheio ao “engraçarem” com o tempo de antena do PPM, pois este deverá ter sido o partido que a Campanha mais fraca e pouco credível fez.

 

Para um partido que, supostamente, se candidata a certas autarquias em coligação com o PSD e o CDS-PP, longe vai a questão da divisão da luta monárquica e longe vai a questão ideológica de qual o benefícios destas divisões de poderes para o crescimento duma causa que se diz monárquica mas não necessariamente anti-republicada de todo.

 

Para além do episódio do tempo de antena, tivemos a fantástica demonstração de que o PPM realmente pertence ao conjunto de micro-partidos e que as suas coligações são meros acasos de anti-democratização Partido Popular Monárquicodas eleições: uma campanha, seguida pelos media televisivos, em que Nuno da Câmara Pereira junto de duas apoiantes munidas de bandeiras e t-shirt do partido, caminhavam junto de feirantes num mercado que provavelmente pensaria que estes teriam sido três elementos perdidos de uma campanha do CDS-PP ou do PSD ou então na promoção de mais um dos seus CDs de Fado.

 

Depois de um ano que para os monárquicos significa o mundo, e de dois curiosos eventos para aumentar as celebrações: os casos das bandeiras na CML e na CMP (este último muito menos badalado), esperar-se-ia que o PPM saísse com um resultado maior do que uns pequenos 0,27% (mesmo apesar de não ter tido uma grande queda em relação às Europeias).

 

Mood::
Música: The Mars Volta - Askepios

Eu e as Legislativas’09: A chama do PNR continua acesa e a queimar algumas bases eleitorais

Legislativas 09 

O Partido Nacional Renovador venceu. E venceu não devido aos seus resultados percentuais (nem pelo número de deputados, obviamente) mas porque conseguiu fazer aquilo que em 2005 teria sido impossível: mudar a imagem de um partido da extrema-extrema-direita violenta, cheio de supostos neo-nazis, skinheads e fascistas, para um partido mais conservador, familiar e “politicamente correcto”, sem nunca abandonar as suas ligações com movimentos mais extremistas.

 

Se há partido que conseguiu reunir uma sólida base eleitoral e, potencialmente, sem que a perca numas próximas eleições, foi o PNR, pois este transformou-se numa ponte entre uma realidade que muitos Portugueses achavam exagerada, mas que lá no fundo até nutriam algum tipo de compreensão sobre as ideias e ideias dessa luta nacionalista.

 PNR

Esquecendo casos que, no passado, envergonharam o PNR, e pondo para trás qualquer discurso ao combate à imigração da forma mais dura possível, este decorou os seus discursos e campanhas com as suas velhas bandeiras mais populares: a protecção dos valores da família e os direitos exagerados dados aos criminosos em paralelo com uma restrição de direitos às forças de segurança.

 

O PNR está a amadurecer e, com isso, a perceber de que o voto extremista apesar de ser ainda grande, tem como base uma ideologia volátil, e está a apelar ao seu lado mais tradicionalista, tomando algumas das bases do ala autoritária do PP (conseguia-se ver algumas sobreposições de temas e ideias) e a roubar votos tanto aos democratas cristãos como a alguns PPDs claramente descontentes.

Estranho é, nem o PNR conseguir perceber a vitória. Pinto Coelho, pelos vistos não notou que a descida de 0,37 (Europeias) para 0,21% (Legislativas) não é assim tão grande considerando, as restantes dos partidos pequenos e aínda a situação, por ele referida, do "voto útil no CDS-PP".

 

 

Música: The Mars Votla - The Bible and the Breathalizer
Mood:: confuso com o PNR

Eu e as Legislativas’09: A primeira consolidação dos pequenos é a Frente Ecológica e Humanista

Legislativas 09

O Partido Humanista tinha uma hipótese, depois do desastre que lhe foram as Europeias. Viu o Movimento Partido da Terra, com uma posição complementar e claramente associável – a ecologia – e decidiu que teria de dar um salto para saírem os dois da realidade dos micro-partidos.

 

Surgiu a FEH – Frente Ecológica e Humanista – um projecto bem construído e com candidatos de bom perfil, com o claro objectivo de ser a primeira "grande" coligação de dois micro-partidos, já com alguma experiência na matéria.

 

Como já referi estas eleições eram a melhor hipótese de angariar uma maior base eleitoralista, devido ao descontentamento gerado junto dos Bloco Central (daí, obviamente, o surgimento de partidos ou de atenção a partidos pequenos). Claro está que, comparando as FEHEuropeias com as Legislativas, seria expectável que a FEH fosse ter, nas Legislativas, uma percentagem menor do que a soma dos dois partidos nas Europeias. Tal aconteceu com os 0,21% atingidos ainda mais prejudicados pela não candidatura conjunta do MPT em alguns círculos (por não presença do PH).

 

No fim das contas, para a campanha relativamente forte e tão geradora de expectativas como a FEH, esta foi muito prejudicada pela abstenção menor do que nas Eleições, não tendo conseguido, como a primeira consolidação do mundo dos “pequenos”, ganhar muito entusiasmo.

 

 

Música: The Mars Volta - Metatron
Mood:: desiludido com os resultados

Eu e as Legislativas’09: O que é o Portugal pró Vida?

Legislativas 09

­“Será uma daqueles movimentos todos janotas?”, “Pode também ser um daqueles partidos contra o aborto?!”, “Será que são anarquistas?” foram algumas das frases que eu ontem, no pós-eleições ouvi serem proferidas à porta do meu local de voto.

 

A verdade é que muito sorrateiramente, o PPV infiltrou-se no Boletim de Voto e, sem grandes alaridos nem campanhas, conseguiu aquilo que, na minha opinião, é uma boa e satisfatória base eleitoralista para um Partido que, ninguém sabe bem o que é.

 

Sim, é um Partido contra o Aborto e completamente direccionado para a luta contra o Aborto e fazem da sua representatividade eleitoral a bandeira de peso contra os resultados do referendo passado.

 

Portugal pró Vida conseguiu apelar ao sentimentalismo do voto, junto das pessoas certas, numa altura certa em que muita gente está descontente com os governões, para arrancar um belo começo na sua carreira partidária.

 

 

Música: The Mars Volta - Day of the Baphomets
Mood:: a favor da liberdad de escolha

Eu e as Legislativas’09: “Partido Trabalhista Português? Isso soa a Marxista-Leninista. Pode ir para a fila nº 15.”

 

 

Portugal é especialista e considerado um case-study na formação de movimentos políticos não-partidários, seitas e de vez em quando partidos de base ideológica algures no triângulo entre o Marxismo-Leninismo, o Trotskismo e do Maoismo.

 

O Partido Trabalhista poderia muito bem se enquadrar neste tipo de classificação e, imaginando uma situação extremamente caricata, em qualquer serviçoPartido Trabalhista Português administrativo Português, os seus amados trabalhadores de função pública iriam obrigatoriamente relegá-lo para os guichés Marxistas-Leninistas.

 

No entanto o PTP é um partido Trabalhista, derivando-se da influência Anglo-Saxónica, e com grande apoio do Partido Trabalhista Inglês. Coisa que os eleitores não perceberam, desde aquele clássico tempo de antena passado nos Esmiuçadores, até à presença muito peculiar do seu líder, passando ainda por propostas que pouco têm a ver com um enquadramento de um Partido Trabalhista internacionalmente.

 

Um lugar esforçado e merecido, especialmente junto do “eleitorado do engraçado”, para quem o voto é transformado em prémio do Partido mais caricato!

 

Mood:: Engraçado como este partido
Música: The Mars Volta - Cicatriz Esp

Eu e as Legislativas’09: breve análise à salgalhada de partidos e a sua confusão eleitoral

 Legislativas'09

 

Os resultados são públicos – com a excepção dos deputados dos votos estrangeiros – e são completamente lógicos mas estranhamente imprevisíveis. Desde uma margem confortável entre o PS e o PSD, até ao êxodo de votos do Centralão, passando por um PP de força e fé a arrancar o terceiro lugar de um Bloco em claro crescimento.

 

Vou escrever 15 artigos, um para cada partido, frente, movimento ou qualquer outro candidato às Legislativas’09, descrevendo os efeitos do seu resultado, bem como este foi conseguido e o que acontecerá daqui para a frente.

 

Porque as eleições legislativas são, acima de tudo uma experiência claramente nacional, eu quis vê-a numa perspectiva extremamente pessoal e particular do que foi esta ridícula salgalhada de partidos e confusões eleitorais chamada “Eu e as Legislativas’09”!

 

Música: The Mars Volta - Viscera Eyes
Terça-feira, 1 de Setembro de 2009

Havana Club el Rum de Cuba (segue-se um texto que pouco tem a ver com o título)

Apaixonei-me por uma nova frase: «Aqueles que andam sempre com a verdade na boca, são os primeiros a escorregar na esquina». Quem disse isto foi nosso «Primeiro», o José Sócrates, ele mesmo. Só não percebi muito bem o quê que, no meio deste recado ao PSD, ele quis dizer com isto.

 
Andará José Sócrates a cambalear de esquina em esquina, ou andará ele alheio à verdade?
 
No mais, José Sócrates parece ter um pavor do caraças à verdade, diz ele assim: «Uma das críticas que eu faço ao PSD é o facto de se apresentar nas eleições apenas com um discurso e uma palavra - verdade. Isto tem um sério problema porque é absolutamente inadequado na política».
 
Oh pá, eu juro que foi isto que ele disse. É que foi mesmo o que eu ouvi. E de certeza que amanhã todos os jornais, nos excertos da entrevista, falarão disto.
 
Alto e pára o baile! Vamos juntar aqui duas premissas depois de um pequeno parênteses. Pequeno parênteses. Eu sei que já estamos em Setembro, e o tom jocoso dos meus artigos já começam a maçar, mas pensemos que ainda estamos de féria e deixem-me só brincar aos brincalhões um poucochinho mais. Vá lá! Sim? Está bem, prometo ser breve. Fim do pequeno parênteses.
 
Primeira premissa: «Quem anda sempre de verdade na boca escorrega nas esquinas»;
Segunda premissa: «Apresentar-se a eleições apenas com verdade é um sério problema, porque é absolutamente inadequado na política».
 
Ora pensemos. Eu penso que se Sócrates andasse muito a pé fartava-se de escorregar nas esquinas. E chego a esta conclusão sem sequer ter em conta a primeira premissa. É que razão suficiente para cambalear pelas esquinas é «aquilo» que terá estado na origem da afirmação patente na segunda premissa. O álcool faz dizer disparates, não faz?
 
Acho que vou deixar o Rum.
Por Don Corleone às 23:58
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Sexta-feira, 19 de Junho de 2009

O duelo entre Sócrates e Ferreira Leite, arbitrado por Cavaco Silva, nun ringue perto de si

Está aberta nova guerra entre os principais partidos em Portugal. PSD defende que as eleições Legislativas e Autárquicas devem ser realizadas no mesmo dia, por seu turno, o PS defende datas separadas, sendo certo que as Autárquicas, que dependem de José Sócrates, em Outubro, depois das Legislativas em Agosto ou Setembro.

 

Não me é difícil perceber tal diferendo. É que, como bem sabemos, o PSD é o partido dominante nas autarquias em Portugal – é – facto! – o partido que, sozinho em alguns Concelhos, e em coligação com o CDS noutros, mais Câmaras tem arrecadado nos últimos actos eleitorais autárquicos. Mais, por norma, o partido que ganha Porto e Lisboa, ganha o resto do país.

 

Sabemos que, infelizmente para uns, felizmente para mim, Rui Rio tem tudo para voltar a vencer as eleições no Porto; e nas últimas eleições europeias o PSD foi o partido mais votado em Lisboa abrindo caminho – infelizmente para uns, novamente felizmente para mim – a uma possível vitória de Pedro Santana Lopes em Lisboa. Reunidas condições normais, eu aposto que o PSD ganha as próximas eleições autárquicas, e como dizia o outro, em condições anormais, também aposto que o PSD as vai ganhar.

 

Ora o que tem isto a ver com o prólogo deste artigo? Tudo.

 

É que se as contas são relativamente fáceis de fazer para as eleições autárquicas, já quanto às legislativas elas são mais complexas. E José Sócrates sabe disso. E Manuela Ferreira Leite sabe também. Sabemos que o resultado de umas eleições próximas de outras, podem influenciar o resultado das segundas. Então, com a vitória do PSD nas europeias o partido da social-democracia pode ver-se, neste momento, a discutir ombro a ombro as eleições para a Assembleia da República; se as eleições fossem no mesmo dia, então, com a onda laranja a pintar o mapa autárquico português, o PS podia ver sacrificado, por arrasto, o resultado das legislativas. Mas se as eleições forem separadas – como quer o PS – então uma ainda possível e, talvez, provável vitória socialista nas legislativas é que poderia eventualmente resultar num mal menor para o PS no resultado eleitoral autárquico de Outubro.

 

Jogos partidários à parte, defendo, como cidadão, que as eleições sejam realizadas em dias diferentes. Bem sei que o custo seria duplicado; bem sei que podia ter efeitos negativos na abstenção; mas também sei que pode gerar confusão aos eleitores terem quatro boletins de voto à sua frente num só dia: Assembleia de Freguesia, Assembleia Municipal, Executivo Camarário e Assembleia da República.

 

Mas também sei que José Sócrates e Manuela Ferreira Leite têm – e têm mesmo! – que fazer outras contas. E está aqui a razão por que não se entendem quanto à data das eleições. Resta saber o que decidirá o dr. Cavaco Silva. Tenho para mim que optará pela modalidade de eleições separadas. Vá lá saber-se porquê.

Por Don Corleone às 11:34
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Segunda-feira, 15 de Junho de 2009

Governabilidade é palavra cara para "chico-espertice"!

 

Acredito que todos aqui já estiveram parados numa auto-estrada cheia de imensas filas e, de repente, à direita e fora da faixa surge o mui lusitano e claramente conhecido "chico-esperto" que ultrapassa tudo e todos para chegar a casa mais rápido para garantir o seu lugar no sofá a ver TV. Ora bem, de facto não é uma grande conclusão, mas já não me lembrava como a política portuguesa está cheia destes senhores "chico-espertos".

 

Porquê?

 

Vimos batalhas e guerras, sangue e suor e gritos de independência (do tipo Ipiranga mas versão política Portuguesa) de todos os eixos e quadrantes políticos possíveis, demarcando-se claramente longe de todas as outras alternativas por serem de má governância e de distante coerência ideológica.

 

Pois não é que, os afamados resultados das senhoras europeias, nos deram o vislumbre de um país descontente com o governo de Sócrates e com algumas possibilidades para Manuela Ferreira Leite, e vemos logo os "chico-espertos" já a ultrapassar pela direita fora da estrada para ter o seu lugarzinho do sofá.

 

Ora bem, Paulo Rangel, líder da bancada parlamentar do PSD e recém-cabeça-de-lista às Europeias tornado Eurodeputado veio já dizer que (como se ele fosse Manuela Ferreira Leite) sem sombras de dúvida, se o PSD necessitar de um parceiro para assegurar a governabilidade então este será o CDS-PP. Muito bem! Agora é só esperar o grito ruidoso e a declaração rasgada, "à lá Europeias", de distanciamento político e de total reprovação de qualquer associação com um dos partidos da corda-bâmba política dos últimos anos e que tanto tem prejudicado a classe média e os pequenos empresários deste país, por parte do CDS-PP.

 

Mas não! Paulo Portas, Diogo Feio e tantos outros (quiçá mesmo um Nuno Melo) continuam impávidos e provavelmente a rezar para que a distância entre partidos nas primeiras sondagens (sondagens que eles tanto odiavam e que agora, curiosamente, terão que adorar e acompanhar) seja pouca para que haja necessidade do revivalismo da velhinha AD, ou então da neo-AD de Barroso.

 

Pior, vemos desde já os tais partidozecos que tanto bradaram por diferenciamento e como sendo alternativos seriamente a pensar nas típicas parcerias com os "grandes". O PPM veio recentemente declarar como positiva a sua intenção de parceria com o PSD, para depois das legislativas (para tentar um "ossinho" ou outro numas câmaras e juntas de freguesias).

 

Mas aquilo que é claramente o ultraje político do mês, é o PS a ver-se às bananas, não com o Jardim e as suas bananas mas com os comentários de Rangel sobre quem é que eles iriam escolher para "seu" parceiro político nas próximas eleições, para que consigam contornar a vontade do povo e assim assegurarem uma governabilidade, ainda que apenas semi-socialista. Ora bem, à esquerda as únicas alternativas seriam Bloco de Esquerda e CDU que seriam, provavelmente, uma bela dor de cabeça para o PS no seu governo. E á direita o que há? MEP? MMS? Nada mais, nada menos que o Partido Social-Democrata!

 

Neste preciso momento, e apesar de uma fuga de votos do afamado "Centrão", o infame "Bloco Central" nunca teve tanta força. Num PS que, com Sócrates, tem virado mais à direita do que com qualquer outro líder, a associação política do PS com PSD para assegurar a tal governabilidade (desculpa de estabilidade para que os típicos políticos fiquem no sofá) está cada vez mais próxima. Ainda por cima porque já tinha há alguns anos sido sugerida por Sampaio e agora por Cavaco Silva. De facto, o grande impulsionador deste "Bloco Central" tem sido mesmo o Presidente da República e entre as "boas-relações" com Sócrates e as "relações familiares" com Manuela Ferreira Leite (foi Cavaco que a convidou para participar na secreta cimeira de Bilderberg) este detêm grande poder em apadrinhar este "Bloco".

 

Claro está que, os "chico-espertos" voltarão a aparecer. Antes dos resultados eleitorais ambas as partes rejeitaram peremptoriamente toda e qualquer associação num Bloco Central devido aos comportamentos e posições das outras partes (eu sei que isto já é chico-espertice) mas quero ver agora, com os resultados sabidos e com a pressão de Belém, se José Sócrates verá o seu trono ameaçado e fará uma coligação, ou se Manuela Ferreira Leite cairá na pesada que os Portugueses não gostam dela e ver-se-á forçada a entrar na Associação do Centralão para conseguir um bocadinho do poder do qual ela tanto tem saudades?

 

Não percam o próximo episódio desta montanha-russa de emoção degradante e controvérsia nojenta, que é a política partidária portuguesa dos dias de hoje, porque nós também não!

 

PS: Aqui vai um conselho para José Sócrates e para muitos outros comentadores da blogoesfera: se calhar seria uma boa altura de chamar à baila Manuel Alegre e o seu grupo de descontentes a que apelidou Movimento de Cidadania!

Mood:: Prestes a vomitar!
Música: Hybrid - Higher Than A Skyscraper
Segunda-feira, 8 de Junho de 2009

Europa V: a chaga dos Portugueses (uma análise diferente aos resultados das Eleições Europeias)


5) Bloco Movimentalista

 

Muito tenho eu falado sobre os neo-pequenos partidos da política recente que deram azo a que o boletim de voto fosse uma folha com 13 alternativas partidárias. Na verdade, já aqui os louvei dando-lhes o mérito de muitos se concentrarem realmente na discussão Europeia enquanto os restantes maioritariamente não se interessavam. E após ver os resultados destes, bem como os parcos resultados de Brancos e Nulos, apenas posso dizer que os mais de 5% de votos que conseguiram ainda são representativos de uma tendência de voto na alternativa. De louvar o resultado do MEP com 1,5%, depois de uma agressiva campanha de alta propaganda tal qual CDU.

 

Mas falo aqui destes partidos pois vi, recentemente, um comentário a um artigo do Público que referia algo que até hoje nunca tinha ouvido: O Bloco Movimentalista – a união entre os neo-pequenos partidos apelidados de Movimentos como o MEP, MPT e MMS (e quem sabe outros que também queiram jogar à bola).

 

Ora pensar que uma nova ordem política crítica de agregação ideológica poderia nascer tendo uma representação automática de 2% a 5% (dependendo dos critérios de inclusão) é sem dúvida um cenário de grande mudança, sendo que o mesmo aconteceu com o Bloco de Esquerda há 10 anos atrás.

 

No entanto, toda esta esperança esfuma-se na divisão ideológica destes pequenos partidos. Não conseguiria ver uma união entre os liberais ambientalistas do MPT e os neo-liberais democratas do MMS. O único que tem uma vantagem (e também uma desvantagem) é o MEP, que devido ao seu discurso de ideologia incerta e não muito clara, se situa numa linha ténue entre uma imagem de PS com pensamentos de PSD, possibilitando por exemplo uma associação ao MMS (mais provável) ou ao MPT (menos provável, devido à história deste movimento). Por sua vez, uma união entre POUS e PCTP-MRPP é impossível devido às suas contínuas diferenças ideológicas nas suas seitas marxistas-leninistas, e uma união entre o MMS e o PNR é igualmente muito distante devido à vertente de organização económica de forma corporativista do primeiro vs. a organização económica social-cooperativista do segundo (derivado das suas inspirações nazis).

 

A única união que veria provável, para além do MEP e MMS, seria a do PH e do MPT (e quem sabe possivelmente destes dois no Bloco de Esquerda) devido às não contradições entre eles e uma relativa correlação ideológica. Apesar da primeira alternativa ser desastrosa, pois apenas iria resultar numa menor alternativa (visto que ambos os partidos têm potencial para crescer e tiveram bons resultados dentros dos pequenos partidos), a segunda iria fomentar um crescimento agressivo de uma esquerda já bem representada no Bloco de Esquerda, deixando-o mais concentrado em ganhar eleitorado ao PS e crescer como partido de alternativa ao poder/governo/centrão.

 

Mood:: Expectante
Música: outra vez Lily Alen - The Fear (culpem a rádio e o pandora)

Europa IV: a chaga dos Portugueses (uma análise diferente aos resultados das Eleições Europeias)

 

4) CDU e CDS-PP: a ressaca de má liderança

 

Falo destes dois partidos pois acredito que estão em situações muito similares, embora em fases diferentes da evolução dessa situação.

 

A CDU obteve um fantástico resultado nestas últimas eleições, mostrando que os Comunistas e os Verdes conseguiram roubar votos ao PS e prevalecer num cenário de também sucesso bloquista. Poderia-se pensar que estes teriam sido o alvo dos votos roubados do Bloco, mas pelos vistos parece que o eleitorado descontente e cansado do PS deu votos tanto ao BE como à CDU. No entanto este resultado deriva apenas de duas simples razões, com percentagens diferentes: 30% à força de Ilda Figueiredo na sua campanha (uma verdadeira luta contra imensas adversidades) e 70% à brilhante liderança que Jerónimo de Sousa tem tido à frente do PCP nestes últimos anos. O eleitorado Comunista, estava cansado da apatia de Carlos Carvalhas e mal viu o brilhozinho nos olhos do operário virado sindicalista e posteriormente político Jerónimo Sousa, foi amor à primeira vista. Na realidade o que vimos nos primeiros tempos de liderança foi o resultado da política dura de Jerónimo de Sousa a fazer o seu partido voltar às mais profundas raízes ideológicas do Marxismo-Leninismo em defesa total do proletariado e das classes desprevilegiadas e agora vemos um progressivo regresso antigos e angariação de novos militantes (tendo tido espantosos crescimentos na base militante) com a sua, bem oleada, máquina propagandista.

 

Por sua vez o CDS-PP vê-se exactamente na mesma situação mas apenas numa fase anterior: depois da liderança de um político de curta visão como Ribeiro e Castro, o Partido Popular viu o regresso do seu Paulinho das Feiras, desta vez com camisas desabotoadas, que nem um D. Sebastião partidário no seu mau momento. Agora resta esperar se este, consegue (com a sua liderança) ter o mesmo brilhantismo de Jerónimo de Sousa, mas com cada vez mais eleitorado a fugir à Direita, fica a questão se este também será conseguido através de uma reorientação para as raízes. Por enquanto, o CDS-PP ficará com os seus resultados insatisfatórios enquanto a reorganização interna continua.

Música: The Killers - Spaceman
Mood:: Indiferente

Europa III: a chaga dos Portugueses (uma análise diferente aos resultados das Eleições Europeias)


3) O Verdadeiro Vencedor das Europeias (que acabou no mesmo lugar que este tópico)

 

Apesar de dar os meus parabéns ao PPD/PSD, acho que este não foi o verdadeiro vencedore das Europeias. De facto houve um partido que, consistentemente e continuamente, sem lobbies sectários e com grande actividade seja política (a nível parlamentar) como cívica, ultrapassou uma grande barreira psicológica – a barreira dos dois dígitos, tornou-se na terceira força política, percentualmente, em Portugal e, está à espera da possibilidade de afirmar esta posição terceira a nível de eurodeputados – sem dúvida que o Bloco de Esquerda está a dar que falar.

 

Este pequeno partido (que nas suas primeiras eleições da história, também Europeias, teve pouco mais pouco menos aquilo que o MEP registou nestas eleições) está agora com níveis de representatividade na ordem dos 10% e está, progressivamente, a ver o seu estereótipo de partido crítico e inconformado de esquerdistas e neo-comunistas barbudos mudar para aquilo que este partido sempre foi (e a razão de ser um case-study político na Europa) – a esquerda moderna europeia de cidadãos informados e de variadas ideologias como uma neo-alternativa contra a corrupção e os poderes negativamente concentrados.

 

O Bloco tem vindo, desde a sua nascença politicamente conturbada a caminhar uma estrada com muitos adversários, desde a Direita (o ódio do CDS-PP e PNR) passando pelo Centralão (o ardor de calcanhares mordidos) até aos Comunistas, que sempre encararam o Bloco como o seu carrasco na sua morte lenta e dolorosa, mas apesar de todas as adversidades Miguel Portas, Marisa Matias conseguiram a sua grande campanha e eleição ao Parlamento Europeu (resta agora saber se os votantes do estrangeiro também querem permitir a eleição de Rui Tavares).

 

Resta agora saber se, os mui conhecidos debates internos sobre a sua posição relativamente ao poder poderão resultar numa grande formação de Partido Alternativa que um dia possa chegar a tirar o poder aos senhores da guerra de sempre. Eu acredito que sim!

Mood:: Esperançado
Música: Oasis - Wonderwall

Europa II: a chaga dos Portugueses (uma análise diferente aos resultados das Eleições Europeias)


 

2) O Efeito Sócrates/Ferreira Leite vs. O Efeito Vital Moreira/Rangel

 

Estas eleições, foram deveras surpreendentes e particularmente interessantes pois, para já a festa é farta pelos lados sociais-democratas, alimentada por uma espera de 11 anos, quando na realidade os seus resultados não são assim tão animadores. No entanto estes 30% são, talvez, os resultados mais intrigantes a que já assisti. Ora então porque?

 

Primeiro, fica a grande dúvida se este resultado foi um efeito duma real (e louvável) concentração de atenções junto dos cabeças de lista às Europeias, e assim devendo-se a uma justa e clara avaliação, pelo menos, dos seus discursos; ou então se terá sido apenas um desabafar político do descontentamento da governação de José Sócrates nos últimos anos.

 

Ou seja, fica por saber se esta vitória do PSD se deve a uma pseudo-brilhante campanha de Rangel acompanhada de uma quantidade propagandista de má qualidade a Vital Moreira ou se, por sua vez, se deve à vingança dos Portugueses por José Sócrates. Apesar de achar que a verdadeira razão é a segunda (pois obviamente o povo português pouco ou nada esteve interessado nestas Europeias e nas suas consequências), resta falar sobre uma grande problemática que são as Legislativas. Se, de verdade, houver muito atrito a José Sócrates (como estes resultados provaram), o que acontecerá nas Legislativas? Será que os Portugueses continuaram a definhar o seu PM quando a alternativa for a mui odiada Manuela Ferreira Leite?

 

Apenas poso dizer que umas eleições que todos estariam à espera que fossem uma “sondagem” para as Legislativas e para as Autárquicas, acabaram por ser um turbilhão de probabilidades para o futuro.

Mood:: Confuso
Música: Yeah Yeah Yeahs

Europa I: a chaga dos Portugueses (uma análise diferente aos resultados das Eleições Europeias)

UE

 

"Surpreendentemente Positivas" e "Surrealmente Negativas" são as únicas expressões que consigo utilizar para descrever estas passadas Eleições Europeias, que culminaram com o início de uma pequena-grande alteração política partidária em Portugal e que se afirmaram como uma verdadeira chaga para muitos dos senhores dessa vida.

 

Antes sequer, de falarmos de resultados temos obviamente de referir os patéticos níveis de abstenção que registamos nestas eleições. Vejo todos os partidos (menos o PS e o MMS) a festejarem com os seus resultados, e pouco ou nada se importando, relegando muitas vezes para notas de rodapés nos seus discursos a fraca participação dos cidadãos europeus (de Portugal). Parece que nem o apelo do Presidente da República, Cavaco Silva, resultou no tirar de rabinhos de compatriotas nossos dos seus sofazinhos para decidirem qual a representação política portuguesa num órgão que, à medida que a Europa navega pelas águas do federalismo, vê o seu grau de importância aproximar-se ao das legislativas. Mas falarei melhor sobre este assunto no meu próximo artigo.

 

Ao invés da normalidade de um artigo, vou lançar os tópicos da minha análise em diferentes posts, aqui indo o pequenino primeiro:

 

1) Duelo do Centralão:

 

Sem dúvida alguma que não houve eleições europeias na história em que mais “facadas e arranhões” se viram entre o PS e o PSD. Choveu uma torrente de ataques e defesas às políticas do Governo de José Sócrates, às posições do PS parlamentar em relação ao Governo, às metodologias de oposição de Manuela Ferreira Leite, das expressões e expressionismos de Vital Moreira e de muitas outras “merdices” (ou seja, discursos derivados de merda, à falta de melhor palavra) que nada tinham a ver ou contribuíam para um discurso saudável sobre a representatividade portuguesa na Europa.

O que resultou daqui foi, obviamente, um desastroso resultado para o “Centralão” tendo tido votos roubados pela panóplia de restantes partidos, que nestes começam a ver uma alternativa à corda-bamba governamental dos últimos 35 anos. Finalmente parece que estamos a assistir o cansaço e descontentamento dos votantes Portugueses da política de mal-dizer e de oposição infundamentada e insustentada destes dois partidos e apenas espero que esta se reflita numa saudável e muito importante mudança nas Autárquicas, em que os lobbies partidários menos força têm na população.


Música: Lily Alen - The Fear
Mood:: Intrigado
Quarta-feira, 27 de Maio de 2009

Small is Better!

Queridos Leitores

Hoje apresento-vos um tema que iniciei levemente no meu último post: os neo-pequenos partidos.

Eu sou do tempo em que o os a premissa "Small is Better" não era utilizada para descrever as mil e umas seitas marxistas e maoístas da esquerda, nem os neo-ditatoriais "quasi quasi" fascistas da direita. De facto, a expressão, que ganhou popularidade nos Estados Unidos com o aparecimento de partidos como o Partido Liberal e o crescimento da popularidade de Ralph Nader do Partido D'Os Verdes, não foi sequer mencionada em Portugal até à agregação das (então) 3 facções neo-esquerdistas que se tornaram no Bloco de Esquerda.

No entanto, esta expressão nesta campanha eleitoral para as Europeias, está a ganhar outra dimensão. É com muito agrado meu, que vejo a política portuguesa a amadurecer, dando lugar à existência de alternativas partidárias aos partidos detentores de lugares no parlamento. Quando o Bloco de Esquerda apareceu, saudei a sua existência por se ter criado uma alternativa às correntes enferrujadas da política partidária de Portugal, pelo que da mesma maneira, quando novos partidos (com viabilidade ideológica) se formam no "quente" de um período eleitoral como este, tenho de e é com prazer que os saúdo na sua criação.

Vejamos então do que falo: no passado ano de 2008 vi um grupo de amigos empunharem a mão no conhecido símbolo político "V" do PSD, no entanto, estes entoavam MEP e não os normais gritos partidários da Social-Democracia. Tinha sido iniciado o comício inaugural do movimento que se tornaria conhecido como Movimento Esperança Portugal. Afirmando-se como políticos de verdade, diferentes da escória resultante de anos de maquinação partidária em Portugal, falavam de "alternativa" e "futuro" como se fossem palavras novas no dicionário político da época. Este entusiasmo era tão vibrante que quase fugia aos seus normais diálogos ideológicos da Social-Democracia. E hoje vemos, o "futuro" desse "movimento" - Laurinda Alves afirma-se na propaganda partidária das Europeias como um forte concorrente à vencedora de maior número de flyers em pára-brisas de carros estacionados.

No meio desta azáfama toda, notei também, num pequeno símbolo do infinito esquecido. Depois de pensar que era uma seita conspiracional contra o governo mundial descobri que se tratava do meu velho amigo Partido Humanista. Estes, com a sua posição sempre lutadora e pacificamente irreverente, fizeram furor quando o seu cabeça de lista às Europeias teve de ser substituído pelo número dois, por exercer o cargo de magistrado num Jurado da Paz no Porto, o que "supostamente" incompatibilizada a sua candidatura eleitoral. Apesar de todas as adversidades, o movimento que se afirma como partido (ou vice-versa) continua a declarar poesia poética pelas ruas de Portugal, encantando os mais sonhadores.

E é, então que, encantado por toda esta declamação política, vejo um Sr. fatinho que gosta de às vezes tirar a sua gravata nuns outdoors a afirmar uma onda de "mudança". Informei-me e descobri que não era, nada mais nada menos, que o Sr. Carlos Gomes do mui nobre e conservador Movimento Mérito e Solidariedade. Qual não é a minha surpresa quando descubro, uns tempos depois, que os famosos outdoors da avestruz com a cabeça enfiada na areia a simbolizar a abstenção eram também dos senhores do MMS. Deveriam estes estar a pensar, tal como PS (e ao contrário do PSD e do CDS-PP) que o truque para ganhar as eleições não passava por libertar cartazes com grandes close-ups às caras dos candidatos, e que portanto o (distante) povo se iria identificar com uma avestruz que não tinha opinião.

Mas dentro de todas estas neo-correntes, é sempre preciso alguma experiência e antiguidade. E fiquei muito...qualquer coisa, por ler a míticas frase "Contra o Capital e Por uma Europa dos Povos!" ser expelida pelas cordas vocais do "camarada" Orlando Alves, cabeça de lista do "grande" PCTP-MRPP, um partido que ainda hoje luta contra a sua ilegalidade. E lá foi ele, desde a Auto-Europa até ao querido calor do Alentejo para que as suas explicações maoístas, sejam confundidas com as declarações comunistas do PCP.

Cansado de toda esta algazarra partidária, dei-me de caras com uma ondulante e orgulhosa bandeira do Partido Popular Monárquico, que de entre fado e Lusíadas, ouvia falar da verdadeira Independência de Portugal e da posição (supostamente) anti-federalista que os monárquicos deveriam ter. Interessantemente surpreso por ver o seu cabeça de lista dizer que o herdeiro de Portugal não era o Duque de Bragança, fiquei nostálgico ao ver a galeria do site do PPM que mais pareciam as ilustrações dos meus livros de história do secundário.

E não é com surpresa total que vejo umas ovelhinha pretinhas nuns cartazes de Lisboa que muito assustadas corriam para fora do cartaz. Pensei que seria uma debandada de ovelhas do PSR mas fiquei espantado por ver uma ovelhinha branca com o símbolo do Partido Nacional Renovador a dar-lhes um "belo coice" xenófobo, ou deverei dizer nacionalista? O novo cartaz do PNR de controverso tem pouco e de directo tem muito, mas tenho de lhes tirar o chapéu pois a sua máquina propagandista sempre foi fantástica, apesar de alguns dos seus simpatizantes terem sido recentemente julgados por crimes pesados.

E finalmente, para deixar esta discussão com muita sorte, falo eu aqui do trevo verdinho do MPT, esse partido extremamente estranho por nem serem uns blue-dog democrats nem uns liberalistas de centro. Se o especulado bloco central tivesse um filho rebelde seria o MPT, nunca saído das suas raizes centrístas mas de vez em quando até usa umas túnicas para parecer de esquerda.

Pois bem, apesar do eu tom mais alegre enquanto falava de todos estes partidos, tenho simplesmente de lhes tirar o chapéu, pois estes SIM (mais BE e PSD) são os únicos partidos que sequer mencionaram qualquer discussão política europeia nesta farsa campanha que nada mais é que um road-to-legislativas!


Bússula Política

 

PS: Para aqueles que não conhecem, fica aqui uma boa bússula política, cortesia do MEP.

Mood:: Pequeno comos os neo-partidos
Música: The Pixies - Monkeu Gone to Heaven

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