Domingo, 27 de Setembro de 2009

Pinócrates

 

Temos de volta o nosso primeiro-ministro. Só para terminar as super rápidas publicações de hoje saliento o seguinte:

 

No seu discurso de vitória, José Sócrates criticou Manuela Ferreira Leite porque parecia que já estava num de discurso de inicio de campanha, a pensar nas autárquicas, em vez de um discurso de fim de campanha.
O mesmo lixo cerebral de José Sócrates fê-lo à saída do hotel Altis subir com António Costa e dizer que irá com ele fazer campanha por Lisboa para que o PS possa servir Portugal.
Temos de volta o rei na barriga. O Pinócrates. O Primeiro-ministro diesel que Portugal mantém há quatro anos.
Por Don Corleone às 23:54
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1 - Breves notas sobre...

 

O Partido Socialista parece ser o vencedor desta noite. Invariavelmente governará sem maioria absoluta. Destes resultados entendo que se pode ler que, embora muitos portugueses continuem a acreditar no projecto do PS muitos abandonaram a nau socialista. Resta esperar pelos resultados finais.
Por Don Corleone às 21:37
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Segunda-feira, 21 de Setembro de 2009

Alegre, Louçã e Sócrates apresentam "Dança Comigo", um excitante programa de swing eleitoral

 A Esquerda Alegre

 

Ultimamente a esquerda tem-nos presenteado com um bailado folclórico de extremo interesse e de grande preocupação. A dança de acasalamento à volta de Manuel Alegre de José Sócrates, de um lado, e de Francisco Louçã, de outro lado, tornou-se uma acelerada Polka entre os três políticos.

 

            Já era sabido que Manuel Alegre tinha ditado uma forte e simbólica ruptura da máquina do Partido Socialista, que, de acordo com a sua opinião, de socialista teria pouco e de máquina teria muito. Desde as anteriores presidenciais que Manuel Alegre se viria a distanciar, formando até o Movimento pela Cidadania, que alguns chegaram a preconizar como a chegada de um novo partido. E paralelo a este distanciamento das políticas de direita era visível um subtil flirt a Manuel Alegre daquela que se colocava como a nova esquerda, dos ideias sociais e solidários, a esquerda do Bloco que, para Manuel Alegre, de esquerda tinha muito e de bloco teria pouco.

 

            Como já foi discutido recentemente neste blog, esse flirt tornou-se num singelo namoro quando Francisco Louçã, antecipando-se a qualquer conversa de candidaturas antecipadas, dá publicamente o mote para Manuel Alegre avançar para as presidenciais e, com o apoio formal do Bloco. Cavaco Silva, que tinha sido eleito por uma direita unida contra uma esquerda fragmentada de candidaturas soltas, viu Belém a lhe escapar pelos dedos mas sabia que nada podia fazer, apenas podia esperar por um milagre que lhe salvasse o assento.

 

            Ora então, não é que é mesmo durante o debate das legislativas que, devido à forte concorrência de parte do PSD, os media começam a especular uma possível e mui hipotética coligação entre o Bloco de Esquerda e o Partido Socialista. A pergunta teve um efeito tal e qual a Coca-Cola em Portugal, primeiro estranhou-se tal consideração, mas à medida que se considerava uma hipótese do Partido Socialista de voltar à sua querida maioria absoluta, esta questão começou a entranhar-se dentro das lides socialistas (e sejamos honestos, pelo menos a ser equacionada pelos militantes bloquistas).

 

            Ora esta não era a primeira vez que se falava do grande passo que seria o Bloco de Esquerda entrar numa governação, nem seria a primeira vez que se falava disto acontecer via coligação com o PS. Mas enquanto anteriormente estas hipóteses eram tão longínquas quanto uma coligação entre PCP e PS, esta campanha tinha tido o flirt bloquista aos votos socialistas e a Manuel Alegre, bem como as propostas de casamento socialistas a militantes bloquistas (como aquelas aceites de Miguel Vale de Almeida e Inês de Medeiros ou a negada de Joana Amaral Dias) o que veio a aproximar frequentemente as duas organizações, já para não falar da sugestão de Ana Gomes e do OK de Mário Soares.

 

            E quando, então, vemos Manuel Alegre na sua amada Coimbra, a apoiar publicamente José Sócrates na sua caminhada legislativa, vemos a tal dança de acasalamento, passar de uma ferramenta de sensualidade de duas vias, para ser uma agressiva e bem oleada Polka entre os três, um à procura do assento Presidencial, outro à procura de um assento maioritário no Parlamento, e o outro à procura duma estreia governativa.

 

            Estrategicamente esta coligação não podia ter vindo em melhor altura, nem de facto em melhores moldes e, aliás, daqui a quatro anos até faria sentido de algum modo. Mas se esta semana o Bloco vier publicamente apoiar a ideia, tudo o que o Bloco tem defendido será destronado pela velhinha sede de poder. São programas com grandes discrepâncias, e uma maioria de pulso de ferro do PS que iriam tornar qualquer hipótese governativa do Bloco num desastre ambulante (mesmo apesar de boas intenções) bem como o Bloco perderia a irreverência de um partido de contestação sustentada, para a de um típico partido de coligações temporárias do swing eleitoral. Vemos já algumas reacções negativas de eleitores que se viram à direita para fugir de mais uma maioria absoluta de Sócrates, com o braço torcido do Bloco à mistura, e se este chá-chá-chá eleitoral continuar, poderemos ver Manuel Alegre a perder a sua base de eleitores confundidos com as mesclas de compadrios e cargos eleitorais.

 

Resta agora, saber se o eleitorado conseguiu, como a própria base bloquista, perceber que tudo não se passou de uma tampa do Bloco ao PS, para lhe deixar com a àgua da maioria absoluta na boca, mesmo já tendo esta vindo à superfície.

Música: The Mars Volta - Agadez
Mood:: Desconfiado
Quinta-feira, 2 de Julho de 2009

Manuel Alegre a Presidente!

Foi aqui dito, pelo co-autor deste Blogue, que talvez o Partido Socialista trouxesse o nome de António Guterres à baila, quando fosse hora de escolher um candidato presidencial. É possível. Mas não é provável. Também já houve quem tivesse dito que o Partido Socialista talvez até apoiasse Cavaco Silva na sua – hipotética, para já – candidatura.

 

Eu cá não acredito nem numa, nem noutra hipótese. Não acredito porque sei muito bem porquê que o deputado Manuel Alegre tem andado muito caladinho ultimamente. Mais concretamente, por ocasião do último congresso do Partido Socialista, Manuel Alegre foi namorado por José Sócrates que o convidou a integrar a direcção do partido. Convite que o deputado-poeta declinou honrosamente. E bem. Mas o certo é que aqueles dois conversaram muito naqueles dias e a partir dali Manuel Alegre disse publicamente que se iniciava um novo ciclo e que estava disponível para dar um voto de confiança a José Sócrates – muito embora exigisse uma certa mudança de atitude por parte do primeiro-ministro, já chamado por alguns alcoviteiros socialista de “Mário Soares II”.

 

O certo é que, entretanto, vieram as eleições europeias e José Sócrates levou um seco e certeiro, quase paralítico, puxão de orelhas e depois disso abandonou o ar de ditador e resmungão e passou à figura de cachorrinho-sem-dono e, quase em situação de loucura extrema, até admitiu que tinha errado e que, a partir dali, ia tentar fazer-se compreender melhor nas suas intervenções públicas. Manuel Alegre deve ter gostado muito disso.

 

A verdade é que, tenho para mim, naquelas longas conversas surgidas nos bastidores do congresso do PS, Sócrates disse ao poeta que ele até podia ser o “presidenciável” socialista. Logo, Manuel Alegre abrandou. Não acredito em coincidências. Abrandou, porque vai ser o candidato do Partido Socialista à Presidência da República em 2011.

 

Com isto, vai criar-se uma situação engraçada. É que se por acaso, e só por acaso, José Sócrates tiver a infelicidade de vencer as Legislativas deste ano, e se Francisco Louçã resolver apoiar a tal candidatura de Alegre, então fará certamente campanha ao lado do seu querido inimigo José Sócrates. Quero ver.

Por Don Corleone às 19:52
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