Fácil seria dizer algo como isto e acabar logo com o assunto. E se calhar o mais assustador é que, os Gato Fedorento acertaram em cheio ao “engraçarem” com o tempo de antena do PPM, pois este deverá ter sido o partido que a Campanha mais fraca e pouco credível fez.
Para um partido que, supostamente, se candidata a certas autarquias em coligação com o PSD e o CDS-PP, longe vai a questão da divisão da luta monárquica e longe vai a questão ideológica de qual o benefícios destas divisões de poderes para o crescimento duma causa que se diz monárquica mas não necessariamente anti-republicada de todo.
Para além do episódio do tempo de antena, tivemos a fantástica demonstração de que o PPM realmente pertence ao conjunto de micro-partidos e que as suas coligações são meros acasos de anti-democratização das eleições: uma campanha, seguida pelos media televisivos, em que Nuno da Câmara Pereira junto de duas apoiantes munidas de bandeiras e t-shirt do partido, caminhavam junto de feirantes num mercado que provavelmente pensaria que estes teriam sido três elementos perdidos de uma campanha do CDS-PP ou do PSD ou então na promoção de mais um dos seus CDs de Fado.
Depois de um ano que para os monárquicos significa o mundo, e de dois curiosos eventos para aumentar as celebrações: os casos das bandeiras na CML e na CMP (este último muito menos badalado), esperar-se-ia que o PPM saísse com um resultado maior do que uns pequenos 0,27% (mesmo apesar de não ter tido uma grande queda em relação às Europeias).
O Partido Nacional Renovador venceu. E venceu não devido aos seus resultados percentuais (nem pelo número de deputados, obviamente) mas porque conseguiu fazer aquilo que em 2005 teria sido impossível: mudar a imagem de um partido da extrema-extrema-direita violenta, cheio de supostos neo-nazis, skinheads e fascistas, para um partido mais conservador, familiar e “politicamente correcto”, sem nunca abandonar as suas ligações com movimentos mais extremistas.
Se há partido que conseguiu reunir uma sólida base eleitoral e, potencialmente, sem que a perca numas próximas eleições, foi o PNR, pois este transformou-se numa ponte entre uma realidade que muitos Portugueses achavam exagerada, mas que lá no fundo até nutriam algum tipo de compreensão sobre as ideias e ideias dessa luta nacionalista.
Esquecendo casos que, no passado, envergonharam o PNR, e pondo para trás qualquer discurso ao combate à imigração da forma mais dura possível, este decorou os seus discursos e campanhas com as suas velhas bandeiras mais populares: a protecção dos valores da família e os direitos exagerados dados aos criminosos em paralelo com uma restrição de direitos às forças de segurança.
O PNR está a amadurecer e, com isso, a perceber de que o voto extremista apesar de ser ainda grande, tem como base uma ideologia volátil, e está a apelar ao seu lado mais tradicionalista, tomando algumas das bases do ala autoritária do PP (conseguia-se ver algumas sobreposições de temas e ideias) e a roubar votos tanto aos democratas cristãos como a alguns PPDs claramente descontentes.
Estranho é, nem o PNR conseguir perceber a vitória. Pinto Coelho, pelos vistos não notou que a descida de 0,37 (Europeias) para 0,21% (Legislativas) não é assim tão grande considerando, as restantes dos partidos pequenos e aínda a situação, por ele referida, do "voto útil no CDS-PP".
Há uma palavra que deixa José Sócrates muito irritado. É a VERDADE. Já tinha percebido há muito tempo que ele e a verdade andavam de costas voltadas, mas não lhe conhecia tamanho ódio. A verdade é que José Sócrates pouca verdade diz da boca para fora, ou não é verdade? É verdade sim, senhores.
Sinceramente não tenho seguido os debates entre líderes partidários. Contudo hoje perdi a cabeça e vi o duelo Paulo Portas Vs. Manuela Ferreira Leite. O que descobri foi muito interessante do ponto de vista da aliança que já devia existir neste momento. Os dois são tão iguais que a Direita portuguesa ganhava em unir-se antes das eleições e ir a votos junta.
Paulo Portas defende a redução de impostos. Manuela Ferreira Leite entende que a carga fiscal está demasiado elevada e que, por isso, a tendência será baixá-los. Só não promete porque quer chegar ao governo para ter a certeza de que o pode fazer. Até aqui se conclui que os dois são favoráveis, por princípio, a uma redução da carga fiscal.
Paulo Portas defende a admissão de mais polícias. Manuela Ferreira Leite quer ver o que se arranja com o número actual de polícias e estudar se isso é necessário ou não. Os dois acham que a melhoria da segurança em Portugal passa por ter em atenção o número de efectivos da PSP e GNR.
Paulo Portas aposta nas PME’s como fonte primária de reanimação da economia. Manuela Ferreira Leite também.
Paulo Portas quer devolver autoridade aos professores. Manuela Ferreira Leite quer acabar com a brincadeira com que José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues se têm entretido e negociar com os professores o modo de avaliação dos mesmos.
Neste momento o PPD está tão próximo do CDS que eu aposto tudo em como se o PPD/PSD ganhar as eleições legislativas vai coligar-se com o CDS. Só não percebo a relutância em terem-no feito já e irem a votos como um bloco de direita contra a esquerda inútil que temos em Portugal.
Eu defendo com unhas e dentes uma nova AD. Ver o PPD/PSD junto ao CDS – os dois formam um bloco ideológico mais completo do que são os dois partidos isoladamente – e juntava-lhes o PPM com toda a tradição que este partido tem em Portugal, pelo respeito que merece de todos os portugueses e pela carga simbólica que tem a união destes três partidos.
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