Terça-feira, 6 de Outubro de 2009

Santana a dar à Costa

 

Depois do Partido Socialista ter indicado um candidato cego à junta de Freguesia de Cedofeita, no Porto, parece que optou por um surdo em Lisboa. António Costa não tem como ouvir as propostas de Pedro Santana Lopes que, segundo o candidato socialista, “não tem ideias para a cidade”.
 
Santana Lopes já disse por variadas vezes que pretende melhorar o trânsito na cidade, construindo dois túneis em áreas distintas da cidade para facilitar a vida aos milhares de automobilistas que percorrem as ruas da cidade para ir de casa para o emprego, do emprego para as escolas dos seus filhos e para voltarem a casa. António Costa pretende mostrar que o metro é mais eficaz que um automóvel e, por isso, a aposta deve ser nos transportes públicos. Não é que eu não ache que as câmaras devem incentivar o uso de transportes públicos, mas o que primariamente uma câmara deve fazer é ter em conta os hábitos dos seus cidadãos; ora se é certo que por muito que se aposte nos transportes públicos serão sempre milhares os automobilistas e se é igualmente certo que o trânsito é caótico, então talvez seja preciso, para além de incentivar o uso de transportes colectivos, fazer algo pela circulação rodoviária. Ou não será? Alguém com razoabilidade acha que o dia-a-dia da população de Lisboa ficará melhorado apenas com a criação de ciclo vias? Mas mesmo assim António Costa acha que Santana é um tonto e que não tem ideias.
 
António Costa propõe a construção de um novo centro do IPO em frente ao parque da bela vista. A mim parece-me razoável. É que doentes com cancro são tão pessoas quanto as saudáveis e têm direito a bater o pé e a abanar as cabeleiras fartas num espaço onde se ouça perfeitamente a barulheira do Rock in Rio Lisboa e dos concertos do Tony Carreira. Portanto, a ideia de Santana Lopes está errada. É que Santana Lopes quer construir naquele espaço uma Feira Popular e quer que o novo IPO seja construído numa área mais sossegada. Ora esta ideia é desprovida de qualquer processo de “pense-lá-duas-vezes”: então, para além de tirar a Feira Popular de Lisboa do meio de habitações e assim deixar as pessoas que por lá dormem sem qualquer animação nocturna vai enfiar aquela em frente ao Parque da Bela Vista onde já há animação que chegue; para além disso não leva o IPO para o local do Rock in Rio e sim para um meio mais sossegado e com mais espaço. Isto faz algum sentido?
 
Claro que não faz sentido nenhum. Costa é que a sabe toda e não responde à “conversa mole” de Santana Lopes. Então e admitir que o ex-Presidente até tem ideia e debater as suas com ele? Não? Que tal discutir política e debater ideias? Vai ficar a campanha toda a fingir que Santana não existe? Isto não é possível…
Por Don Corleone às 15:22
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Domingo, 27 de Setembro de 2009

2 - Breves notas sobre...

 
Tudo indica que o PSD fica em segundo, como era expectável, com cerca de 29/30%. Daqui eu saliento que em 2005, no tempo de Pedro Santana Lopes, no tempo do “bandalho”, no tempo do incompetente, no tempo do “pior que podia acontecer ao PSD” – todos batiam em Pedro Santana Lopes – os resultados deram-lhe 28,7%. Ainda faltam apurar muitas freguesias a esta hora, mas a previsão dá apenas mais 1,3%, no máximo, à “Líder de Verdade”! Que verdade? Que líder! Sempre foi e continua a ser a grande referência da direita em Portugal: Pedro Santana Lopes – louros lhe sejam entregues.
Por Don Corleone às 21:55
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Sexta-feira, 19 de Junho de 2009

O duelo entre Sócrates e Ferreira Leite, arbitrado por Cavaco Silva, nun ringue perto de si

Está aberta nova guerra entre os principais partidos em Portugal. PSD defende que as eleições Legislativas e Autárquicas devem ser realizadas no mesmo dia, por seu turno, o PS defende datas separadas, sendo certo que as Autárquicas, que dependem de José Sócrates, em Outubro, depois das Legislativas em Agosto ou Setembro.

 

Não me é difícil perceber tal diferendo. É que, como bem sabemos, o PSD é o partido dominante nas autarquias em Portugal – é – facto! – o partido que, sozinho em alguns Concelhos, e em coligação com o CDS noutros, mais Câmaras tem arrecadado nos últimos actos eleitorais autárquicos. Mais, por norma, o partido que ganha Porto e Lisboa, ganha o resto do país.

 

Sabemos que, infelizmente para uns, felizmente para mim, Rui Rio tem tudo para voltar a vencer as eleições no Porto; e nas últimas eleições europeias o PSD foi o partido mais votado em Lisboa abrindo caminho – infelizmente para uns, novamente felizmente para mim – a uma possível vitória de Pedro Santana Lopes em Lisboa. Reunidas condições normais, eu aposto que o PSD ganha as próximas eleições autárquicas, e como dizia o outro, em condições anormais, também aposto que o PSD as vai ganhar.

 

Ora o que tem isto a ver com o prólogo deste artigo? Tudo.

 

É que se as contas são relativamente fáceis de fazer para as eleições autárquicas, já quanto às legislativas elas são mais complexas. E José Sócrates sabe disso. E Manuela Ferreira Leite sabe também. Sabemos que o resultado de umas eleições próximas de outras, podem influenciar o resultado das segundas. Então, com a vitória do PSD nas europeias o partido da social-democracia pode ver-se, neste momento, a discutir ombro a ombro as eleições para a Assembleia da República; se as eleições fossem no mesmo dia, então, com a onda laranja a pintar o mapa autárquico português, o PS podia ver sacrificado, por arrasto, o resultado das legislativas. Mas se as eleições forem separadas – como quer o PS – então uma ainda possível e, talvez, provável vitória socialista nas legislativas é que poderia eventualmente resultar num mal menor para o PS no resultado eleitoral autárquico de Outubro.

 

Jogos partidários à parte, defendo, como cidadão, que as eleições sejam realizadas em dias diferentes. Bem sei que o custo seria duplicado; bem sei que podia ter efeitos negativos na abstenção; mas também sei que pode gerar confusão aos eleitores terem quatro boletins de voto à sua frente num só dia: Assembleia de Freguesia, Assembleia Municipal, Executivo Camarário e Assembleia da República.

 

Mas também sei que José Sócrates e Manuela Ferreira Leite têm – e têm mesmo! – que fazer outras contas. E está aqui a razão por que não se entendem quanto à data das eleições. Resta saber o que decidirá o dr. Cavaco Silva. Tenho para mim que optará pela modalidade de eleições separadas. Vá lá saber-se porquê.

Por Don Corleone às 11:34
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